23.8.13

Cidade Amarela

Em 1998, quando um prefeito do Município iniciou seu mandato de 8 anos, designou a árvore "Ipê Amarelo" como símbolo de sua administração.
A partir daí, empestiou gerou uma monocultura da árvore pela cidade. Inclusive, há um bairro popular com este nome, com fotos aéreas deslumbrantes nesta época florida (o bairro amarelo).
Ocorre que o ipê resolve florescer em pleno inverno, dourando grande parte da cidade. Nas calçadas onde elas imperam, fica a coisa mais linda... aquele tapete louro, onde os transeuntes podem se deliciar (pisando).
Todavia, o que a árvore gera de deslumbramento, gera também em efemeridade... daqui a dez dias (como advertia meu pai), somente restarão os pelados galhos retorcidos. Após um tempo, as vagens marrons e peludinhas dominarão a paisagem.
Por hora, é só curtir: até mesmo os veículos transitam com as flores flavescentes enroscadas pela lataria.

Aproveitei o colorido que reina no bairro, e comprei um chapeuzinho junino (usado) no brechó da igreja, para fazer de cachepô. Custou R$ 0,50.
  Veja os ipês atrás da casa branca, aqui próximo...
 Deslumbrantes e transitórias. Logo se desprenderão, chacoalhadas pela brisa de agosto.
 Aqui, já com as vagens, que no futuro se tornarão sementes.
 Exemplar morredouro, já no asfalto quente, nesta tarde invernosa de 30º, devido à alta nebulosidade.
 Esta está a mais de meio caminho de cumprir sua missão. 
 O atapetado na calçada. Me agrada fazer caminhadas noturnas sobre este amarelão.
 Veja as nuvens, este agosto está atípico. Geralmente é tão seco e de céu azul...
   Até mesmo meus clientes aderiram à primavera antecipada!


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