28.2.15

Cansada... Muito, muito!

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Fevereiro, como sempre, foi um mês em que minha carga de trabalho escolar dita "hora atividade" em casa consumiu cerca de 20 horas semanais.
Apenas sou remunerada por três "horas atividade" semanais trabalhando em casa. Não é suficiente nem mesmo para preparar as aulas da semana seguinte (com respectivas atividades). 
Faz parte da profissão de professor exceder um pouco a carga horária, contudo ninguém reconhece: Nem os pais, muito menos os superiores!
São apostilas para montar; avaliações diagnósticas para corrigir, analisar e preencher perfis do grupo; crachás e cartões diversos para confeccionar; cartazes anuais para fazer e manter na sala.
Somando-se, é um "entra e sai" de alunos que incomoda. A Diretora, conivente, passa aluno da manhã prá tarde ( e vice-versa) ao menor pedido de mãe, como se nada atrapalhasse em nossa rotina.
Quando preparamos tudo, entra criança nova e temos que avaliá-la do zero. Se a criança fica dias e sai, temos que separar todo seu arsenal de material escolar. É tempo perdido conhecendo a criança, decorando nome, rosto de familiares.
O garotinho T.D.O. não surtou exageradamente nesta semana, todavia não faz uma atividade sequer. Nem oralmente participa da aula. Ficou montando joguinhos e quando saturava eu pedia auxílio à professora de reforço. Acontece que na próxima semana começa o reforço... Quem me ajudará? Socorro!
Ontem, após o almoço, senti uma sonolência tremenda, precisei comprar balas de canela para despertar. Ao final do expediente (18h00), subi prá casa, lanchei, me banhei e fiz um escalda-pés borbulhante com muito sal amargo relaxante.
Que horas fui dormir? 19h40, pois desde novembro não sentia tanta estafa. O bom é ter incinerado aquele quilo a mais que me agarrou nas férias.
Acordei mais tarde com o Par me chacoalhando para saber se estava doente... Ele chegou da rua e estranhou eu dormindo "com as galinhas".
Ainda bem que há uma mocinha a limpar minha casa todo sábado de manhã. Várias mulheres de sua família me ajudam intercaladamente desde 2006. 
Agora estou terminando mais atividades escolares, acabarei a lavagem de roupas e com esta chuvinha de verão, irei DES-CAN-SAR! 

25.2.15

Banalidades

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Antigamente tinha-se, com raríssimas excessões, temor ao pecado, obediência às leis de Deus, acato aos conselhos dos idosos. Entretanto esses preceitos esvaem-se lentamente.
Na segunda-feira, um veículo sem freios arrastou um motoqueiro, que morreu na hora. Em segundos, toda a cidade tinha acesso às terríveis fotos do corpo estirado no asfalto. Havia foto inclusive com a bota do policial no canto, denunciando o autor.
Um jornal popular postou em seu site várias dessas fotos, e só as retirou devido aos comentários escritos, contrários às mesmas.
É sempre assim: Alguém se acidenta e os transeuntes vão fazendo fotos, postando, no maior desrespeito à pessoa humana.
A dias estive num velório e presenciei alguns familiares fazendo foto do cadáver, para indignação da mãe que chorava no cantinho.
Casais se separam e um posta fotos indiscretas do outro como forma de vingança, desconsiderando todo o tempo transcorrido em comum.
A insignificância dos sentimentos do outro, o descaso com a vida em comunidade, ganham mais força enquanto o individualismo se sobressai. Não se precisa de ninguém, compra-se com dinheiro tudo que se necessita.
Na minha infância roceira, a ajuda mútua era imprescindível para apagar fogo na serra, limpar anualmente o riacho, consertar a estrada, refazer as cercas de divisa. Criava-se um elo de camaradagem e solidariedade.
Ao matar um porco, separava-se a parte de cada vizinho: Carne nobre, miúdos, retalhos, toucinho. Era um pacto, onde se sabia que a troca ocorreria. Não havia geladeira para armazenamento, não havia açougue para compra em pequena escala. A prática beneficiava a todos.
Mulheres davam à luz ou se adoentavam e logo uma vizinha oferecia ajuda, mandava uma filha para auxiliar. O mesmo ocorria entre os homens na lida rural. Era o cúmulo alguem agir diferente.
Para onde caminha esta geração banalizada?

24.2.15

A magia do trem

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A pouco, ao levar uma peça até o outro lado da cidade, me deparei com a chegada do trem. As motos, sempre mais ousadas, vão se aglomerando junto à via férrea enquanto a serpente desliza sua imponência.
Durante os cinco minutos em que demorou a passagem das dezenas de vagões, formou-se um exército de motoqueiros em ambos os lados. Até bonito estar em meio a eles num bloco coeso, emana uma certa energia.
Os carros, enfileirados, sumiam na curva da ruazinha estreita de nome Raticliff (livro "Morro dos ventos uivantes"?). Lá embaixo, a ponte sobre o "Rio da Prata (vindo de Águas da |Prata) pertinho de ser engolido pelo Jaguari Mirim.
O pesado trem traz minério bauxita de Poços de Caldas para transformar-se em alumínio cá no Estado de São Paulo. Coisa linda de se ver e de sentir as vibrações.
Desde criança vivo às voltas com a "linha do trem". Morei três vezes bem próximo a ela e daqui de casa, nas madrugadas ouço-lhe o emblemático apito. 
Lá pelos meus 11, 12 anos, adorava subir à cintura da montanha para colher aquela terra vermelha, tão comum e entretanto tão significativa. Era metal em potencial, caído dos vagões. Ali eu fantasiava, tentava imaginar o trajeto, o destino...

22.2.15

Freeganismo

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É um estilo alternativo de vida, boicotando quase totalmente o consumismo. O objetivo é evitar a exploração animal (domesticação e consumo) e humana, minimizando impactos ambientais.
Pode incluir também desobediência ao voto obrigatório e ao serviço militar. 
São pessoas autônomas quanto ao dinheiro e ao sistema, pois vasculham e não compram, nem mendigam. Não são autônomas quanto à sociedade, pois dependem de seu lixo rico e grátis.
Também não trabalham formalmente, mas fazem voluntariado. Moram em locais abandonados ou improvisados, evitando assim aluguel, gastos com água e luz.
Dizendo por alto, seria um veganismo (aqueles que nem se sentam em bancos de couro) adaptado e ao extremo, onde se colhe do lixo de mercados ou caçamba de descarte matéria prima para alimentos e objetos domésticos ou de uso pessoal, atacando o desperdício. 
Uma vertente do movimento mantém uma vida auto sustentável montando comunidades rurais isoladas, com certo componente exotérico ligado à mãe natureza.
Evitam meios de transporte poluentes; exercem trocas entre os membros do grupo e praticam a ajuda mútua;  usam terrenos baldios para hortas comunitárias, privilegiando plantas medicinais e tradicionais.
Nesta "sopa", flutuam ideias comunistas, pacifistas, anti globalização, anti mecanização da agricultura, anti mercantilismo, naturalistas, com um tempero meio hippie ou algo assim.
Não são mendigos; praticam o freeganismo por filosofia de vida, mergulhando nas caçambas das grandes cidades como se mergulhassem numa sociedade podre.
Geralmente possuem escolaridade acima da média e são intelectualizados, trocando discursos transcendentes com transeuntes que os interpelam.
A prática desse garimpo urbano requer imersão em pequenas doses para adquirir a vitamina S (de sujeira), pois as caçambas solicitam anticorpos específicos.
Que alento saber desta possibilidade! Quanta gente se desespera ao perder aquele emprego estável, cogitando até pular da "ponte de arco" por não encontrar solução... Sempre haverá uma tribo alternativa para acolhimento.
Na infância rural, eu já participei de coleta de batatas que ficavam descartadas por imperfeições e pequenas avarias . Já fiz repasse em cafezais, coletando as sobras sob os pés de café: Um montante que no fim de uma tarde era significativo.
A pouco tempo, aproveitei sobras de bananas (verdes e pequeninas) que os compradores dos Primos não levam; na madrugada, os lobos guará vão comê-las. Recolecção em árvores sem donos e de plantas nativas eu faço constantemente.
Certa vez, passei com uma amiga num fim de colheita de abobrinhas. O desperdício era tanto, que levamos  abobrinhas com pequenas falhas para a vizinhança toda. Passamos uma semana comendo o legume em tudo que é receita.
Eu carrego o gene da mulher pré histórica coletora, sempre adorei participar de colheitas e até recolhimento de lenha. Entretanto invadir caçambas contaminadas por ratos e dejetos seria um desafio radical.
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17.2.15

Tomate e glicoalcaloide


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A solanina é o antinutriente que o tomate traz. Outras solanáceas: batata inglesa e doce, tomate, berinjela, jiló, jurubeba, pimentão e pimentas. 
Dar preferência a tomates mais maduros e preferir pratos cozidos, ajuda. Cozer não elimina o veneninho, mas potencializa o licopeno. O problema é comer solanáceas todo dia, pois são altamente inflamatórias em pessoas suscetíveis e debilitadas.
As plantas desenvolveram essas toxinas para afugentar predadores. A maior concentração está localizada entre a casca e a polpa. 
A solanina e chaconina são negligenciadas, e essa informação é um direito sobretudo para quem sofre com inflamações crônicas!
É importante não comprar na mesma semana, várias solanáceas, e evitar frutos verdes, pois não se sabe o grau individual de tolerância. 
Cerca de 70% da solanina é eliminada pelas fezes e urina nas 24 horas após a ingestão, o resto se acumula. Teoricamente, a acumulação acontece na seguinte ordem: Fígado, Baço, Rins, Pulmões, Coração, Cérebro e Sangue.
Além de causar ou agravar um processo inflamatório crônico, em maiores consumos a solanina pode afetar o sistema nervoso central (alucinações e afins); as membranas celulares e gastrointestinais (hemorragias, edemas). 
Quem sofre do fígado (intoxicação hepática) e grávidas, devem redobrar os cuidados, pois além de se depositar sobretudo nesse órgão, pode ampliar a incidência de anomalias do feto em doses altas.
Quando a casca da batata inglesa fica esverdeada, há grande concentração de solanina.
É importante estudar melhor a solanina e tantos outros antinutrientes naturais para compor pratos mais saudáveis. Nem sempre é bom trocar por beterraba, que contém oxalato, causador de cálculo renal em pessoas predispostas. 
As brássicas podem agravar problemas na tireoide. A mandioca é considerada perigosa na Europa devido ao cianeto, tanino ( na folha) e outros. 
Uma substância antinutricional, se não for tóxica, é aquela que bloqueia o aproveitamento de substâncias importantes contidas num prato. 
O tanino diminui a digestibilidade das proteínas; o cianeto bloqueia o transporte de elétrons na cadeia respiratória (sufoca a célula) e causa bócio.
A nós moscada em excesso causa alucinações. Sementes de cereja e maçã também contém cianeto, porém em quantidades mínimas. 
Arroz integral pode conter maior ou menor concentração de arsênico, dependendo do estado do solo de plantio.
Aliás, o amargor pode ser um forte indício de antinutrientes, um "aviso" da planta. Portanto, beber água de berinjela para emagrecer é arriscado...
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Mais aqui

Fevereiro tem carnaval!


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Mas desde que não seja por aqui... Neste momento, ouço apenas pássaros: vários; algumas crianças e cães latindo por aí. Poucos veículos transitando. Ah, ouço também o "carnaval" dos "geminhos" do sobrado em frente, que voltaram (não sei até quando).
Ao pedalar na madrugadinha, passei pelos garis que limpavam a avenida principal onde "houve" carnaval: Um palcozinho, alguns confetes / serpentinas e alguns copos descartáveis. Nenhuma calcinha perdida pela calçada. Aqui é assim, quem gosta de agito vai à praia ("Fiotão", apesar de sossegado, foi). A cidade, uma ilha de paz!
Ontem, trabalhamos meio expediente na oficina. O comércio estava lento com vários estabelecimentos emendando o feriadão, o trânsito ótimo. 
Nesta semana terei reuniões na escola quarta, quinta, sexta. Espero que não aumentem nossa papelada para preparar em casa, pois já temos os cursos e respectivas tarefas de casa.  
Este mês nos abençoou com mais chuvas e clima ameno. Hoje, uma tarde de carnaval nublada com 27 graus e brisa doce. Aproveitei o feriadão para cozinhar, terminar uns livros e levantar as energias para o ano letivo (que promete).

Transtornada

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Adiantei minhas coisinhas de escola neste feriadão. Ah, tenho uma péssima novidade: Um garotinho T.D.O. chegou na quinta-feira em minha sala. Chegou "chegando", pois entrou em crise no primeiro dia. Atirou objetos do estojo nos colegas (que desviavam), arremedava (imitava) minha fala, socou a barriga dum colega, empurrou o outro, tombou a carteira na menina, gritou a todos pulmões palavras de calão, rasgou uma folha que lhe dei para desenhar.
Infelizmente são os filhos das drogas. Foi difícil até sair para "caçar" ajuda. A Diretora o tirou de arrasto, pois grudava nos pés das carteiras enquanto berrava. Ao pedir que parasse, respondia:
_ Nunca!
O absurdo é que passou três anos na educação infantil e nenhuma professora ou diretora detectou T.D.O.; não sabem o que ele tem! Meu Deus... quer caso mais nítido de T.D.O..? Só falta dizerem que é hiperativo (TDA-H). 
O comportamento do hiperativo é tão diferente, focado na alegria, na felicidade. São crianças que agitam, incomodam, porém são amigões. Tá, há comorbidades, em que aparecem os dois transtornos, mas não é o caso.
Conclusão? Tive que "desenhar" à Diretora para que entenda, aceite e estude o transtorno. Ele não tem diagnóstico, portanto nem medicação (fundamental neste caso extremo), nem laudo. Não é ainda um caso de inclusão escolar e não terá direito a um estagiário "pagem". O que eu faço?
Enlouqueço? Já choveu mães na porta da minha sala reclamando, passei a bola à direção escolar. Não vou tentar apagar esse fogaréu sozinha. Já fiz isso em 2012 e só perdi a paz. Porei a boca no trombone; afinal, quem assume as consequências de deixar esse garoto três anos sem atendimento especializado?
Olha, o que tem de professora "pegando" cargo de especialista sem nenhum preparo, sem mestrado, só pensando no salário. É vergonhoso que muitos superiores meus não tenham a menor noção do que seja T.D.O., algo que predispõe ao banditismo.
Quando vemos pela TV aqueles casos escabrosos de violência, podem ser pessoas que evoluíram deste transtorno gravíssimo na infância (e não foram devidamente tratados). Trata-se de casos de segurança nacional e ninguém liga. NINGUÉM LIGA! 

10.2.15

Sinergia alimentar

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(Texto de estudo - hum, tô gostando deste tema...)
É uma consonância entre alimentos, onde a palatabilidade é ultrapassada pelo fator nutricional. Determinados nutrientes se associam e fazem uma conta onde um + um somam três, podendo inclusive prevenir doenças.
Tomate e brócolis juntos podem inibir a formação de certas células cancerígenas. A gordura amiga (do abacate, coco, oleaginosas, óleos virgens) potencializa as vitaminas lipossolúveis. O abacate também ajuda na absorção de fitoquímicos (funções salubares) presentes nos legumes.
Uma salada kit de frutas é mais eficiente que uma fruta isolada. Uvas escuras e maçãs "casam" a catequina com a quercetina, que mantém o sangue limpo, dissolvendo vestígios de coágulos.
Folhas escuras, com ferro, devem ser temperadas com limão, pois a vitamina C potencializará o mineral. Carnes também devem levar limão no tempero.
Alimentos com ômega 3 combinam com vinho tinto ou suco de uva roxa. Para quem não usa líquidos na alimentação (como eu), a sobremesa de um prato de peixe deve ser um cacho de uva escura. Os polifenois (antibióticos, anti-inflamatórios, antialérgicos e mais) abrem caminho para os ácidos graxos.
Suco de citrus liquidificado com  cenoura potencializa as vitaminas A e C. Equilibra o sistema imune, ajuda no bronzeado  / viço da pele e saúde dos olhos. Sua deficiência diminui glóbulos brancos, deixando o organismo suscetível a infecções. A vitamina C fortalece a imunidade e ajuda na cicatrização. Juntas, são antioxidantes e neutralizam ambientes propícios às mutações celulares (cancerígenas). 
Salada de cenoura temperada com limão, ervas (salsinha, cebolinha, hortelã, manjericão, etc) e um óleo com vitamina E (antioxidante) reforçam ainda mais a imunidade. Vitaminas E e C juntas combatem infecções, vírus,  e possivelmente câncer de pele e mama.
Abóbora madura cozida acrescida de sementes de girassol é outro exemplo de combinação em pratos salgados. Suco de abóbora madura crua com limão, hortelã e sementes de girassol também.
Mix de abacate com aveia e laranja (com bagaço e pouquinho da casca) diminuem a fome, o colesterol, controlam a glicemia, reforçam as defesas e "varrem" resíduos dos intestinos. 
Brotos e sementes germinadas neutralizam-se, combinando com tudo. Oleaginosas com frutas, devido às enzimas, facilitam a digestão e excreção. Gotas de limão cá e acolá são importantes.

8.2.15

Fezes sadias

Tabu para alguns, fato é que a busca por uma defecação saudável também faz parte da Reeducação Alimentar.
Odor, consistência, cor, formato, frequência e até flutuabilidade podem indicar se as fezes estão saudáveis ou nem tanto.
Essa história de evacuar, tapar o vaso, dar a descarga e encerrar a operação é coisa para amadores. 

A dieta influi bastante neste quesito, assim como os dejetos das próprias bactérias intestinais, entretanto se o fedor aumentar muito, pode ser sinal de intolerância alimentar (tipo lactose) sangramento interno excessivo, infecções ou inflamações.
As fezes ficam mal digeridas e apodrecem durante o processo. 
Consistência: Quanto mais rápida a evacuação, mais maleável o bolo fecal. Passando dias nos intestinos, as fezes perdem água e endurecem. Infecções causam diarreia, com má absorção e excesso de água, que pode levar à desidratação, quando persistente.
A consistência ideal é de uma massa úmida moldada (banana).
Quanto à coloração: A alimentação e a bile influem na tonalidade.
Se há sangramento no início do aparelho digestivo, as fezes saem enegrecidas; caso haja hemorragia no intestino grosso, elas saem avermelhadas.
Fezes muito lustrosas pelo excesso de gordura e amarelas pode ser indicativo de problemas no pâncreas. Em caso de problemas hepáticos, as fezes saem esbranquiçadas. 
Formato: Tubos são os mais comuns, entretanto massas firmes também ocorrem em situações normais, conforme a dieta; fezes constantemente em forma de bolinhas indicam prisão de ventre severa - colite, diverticulite, tumor; se forem fininhas, pode haver problemas nos esfíncteres (músculos contratores) e obstrução das tripas; diarreias persistentes carecem averiguação.
Frequência: A quantidade normal varia de três vezes ao dia a três vezes por semana.
Fora desse padrão por longo período pode ser patológico. A ingestão de água e fibras regulam a evacuação, assim como certos alimentos podem  soltar (mamão, beterraba, quiabo) ou prender (chocolate goiaba, caqui, laticínios) as fezes. 
O sedentarismo também causa prisão de ventre. Educar os intestinos, aguardando pacientemente no vaso toda manhã é uma boa prática; para tal, deve-se acordar meia hora mais cedo.
Ingerir uma beterraba num dos lanches pode indicar o período de expulsabilidade, pois ela manchará de rosa a parte das fezes correspondente. Se não sair nos próximos dias, pode estar havendo atraso na excreção.
Flutuabilidade: fezes que vem à tona no vaso podem ser indicativo de combinações alimentares erradas, gases em excesso (ingestão de batata-doce, feijões, verduras brássicas, lactose, açúcares, dietéticos), gorduras não digeridas pelo pâncreas ou excesso de determinadas fibras que boiam, como a parte branca da laranja ou do maracujá. 
Além de resíduos alimentares, muita água, fibras, bactérias mortas "por idade" e células mortas compõem as fezes bem digeridas, então o mais lógico é que imerjam parcialmente, num meio-termo.
Entretanto, se a excressão é mais assídua, a chance de pairar é maior. Fezes ressecadas (intestino preso) dificilmente boiam, então afundar demais nem sempre é sinônimo de saudável.
Se flutuam constantemente, pode estar havendo má absorção  (perda) da alimentação no trato intestinal; se o fedor aumentar, é mais sério. Se houver sangue, gordura,  estado febril e perda ponderal é mais sério ainda.
Geralmente diagnósticos incluem relatos sobre o período do fenômeno (mais de quinze dias), a dieta, exames de fezes (coprológico), endoscopia e colonoscopia.
Observar atentamente as fezes, anotando sua variabilidade é sinal de esperteza. Qualquer estranhamento persistente, um médico deve ser procurado. 
primeira Imagem

Não vejo graça...

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Essa história de horário de verão atual iniciou-se no ano do meu casamento (1985). Tudo bem, no início do ciclo é exótico, até charmoso ver o sol se pondo tão tarde, visto que na primavera o dia clareia logo.
Em fevereiro, no entanto, a coisa muda drasticamente. Veja só: hoje o arrebol ocorreu às 6 h 53 e o crepúsculo será apenas às 19 h 49. Maluquice...
Tenho que aguardar até quase oito horas da "noite" para praticar minha corridinha funcional na pista ali da esquina... Pois convenhamos, não dá para correr com sol torrando na cara!
Nas férias, eu corria às 6 da manhã - noite fechada atualmente. Agora, vou prá aula ainda na penumbra e as crianças chegam sonolentas, apagadas, sobretudo aquelas que são "despejadas" pelas vans bem antes das 7 horas.
Não seria mais racional o poder público usar campanhas de conscientização sobre evitar o horário de pico no gasto de energia e deixar o dia seguir seu curso natural? Já não estamos artificializados demais?
Para mim, que começo o dia às 4 h 30, tanto faz o horário de pico. Na verdade, consumo mais energia de manhãzinha com essa escuridão.
Sei que essa história de correr mais tarde complica toda minha rotina: atrasa meu banho, lavagem do cabelo, afazeres. Quando dou por mim já é quase hora de dormir.

Vida madrasta

Capa livro João Abade verde


... "De cima do barranco, largou a olhada na perseguição da bichinha, levantou carreira atrás dela, pegou-a bem na saída de uns facheiros (cactos) e fez o que bem entendeu.
Como em Canudos essas coisas eram assim mesmo, Rita voltou como tinha ido e ninguém deu assunto de sustância nisso."

No livro "João Abade", página 63, de João Felício dos Santos, assim é retratado o estupro de uma menina de uns 11 ou 12 anos, paupérrima, a viver com o irmão aleijado na zona rural de Canudos - aquela da famosa guerra.

A tempos ouvi falar nesse livro que retrata a guerra numa visão dos moradores do lugarejo do "Santo". Não sabia o nome, nem autor. De posse, quase o pincho fora sem ler: livro feio, capa de cor feia, nome feio, gravuras feias... em nada me atraiu este tijolão esfarelado na edição de 1958.
Em nada, até ler o prefácio! De Raquel de Queiroz! E de cara ela cita o emblemático Vaza-Barris...
É certo que o livro é rústico, numa tosquidão a combinar com a trama: ousadamente, vai misturando narrativas históricas com belíssimas passagens literárias, como a briga entre um teiú e uma cascavel. 
O livro me deu uma sede imensa em conhecer os manuscritos originais de Julius Cesare Ruy de Cavalcanti (Vê lá se isso é nome prá jagunço?) que alicerçaram a obra: são diversas cartas e alguns cadernos (diários) citando in situ passagens da luta brutal.