O Augusto

Quero registrar essa passagem para ler a meus futuros netos...

No trabalho novo, Filho tinha um colega também novato.

O sujeito veio do outro lado do Estado prá esse fim de mundo confiando em melhores oportunidades.
Deixou o emprego, alugou aqui uma casinha e se aventurou num cargo complicado onde chefiava três departamentos.

A receptividade da empresa foi hostil e nesses quase três meses ele era a personalização do estresse.

Ontem, faltando uma semana para vencer o temido período de experiência, ele foi demitido sem justificativa.

Eu apenas o conheci através dos relatos detalhados do filho. Rezei por ele neste tempo.

Em épocas de crise, o mundo corporativo consegue ser ainda mais perverso. Trocar um emprego ruim é uma aposta que pode ou não funcionar...

No final da década de 80, quando me coloquei  nesta  empresa, convivi com profissionais altamente gabaritados que vinham da capital confiando em promessas. Passados uns meses, vinha a desilusão, o abismo... Voltavam em pior situação.

Este texto expõe um quadro sinistro onde as relações de trabalho geram doença: a Síndrome de Burnout.

Imagem Google.