20.5.17

Programado para comer

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"Wired to Eat" (programado para comer) é o novo livro de Robb Wolf, também autor de "A Solução Páleo", ambos sobre nutrição evolucionária, contrária à "Food Porn" (nutrição pornográfica).
Gula e luxúria são irmãs gêmeas. A estetização quase obscena da alimentação, cada vez mais ganha ares de glamour e erotismo.
A gourmetização exacerbada dos pratos e de alimentos industrializados, adquirem poderes de culinária orgástica. 
Na pornografia gastronômica, pratos exóticos e com alto teor calórico, suscitam o desejo para comer; glorificam a comida como complemento sexual em comemorações.
O autor afirma que estamos geneticamente programados para comer mais e nos mover menos, visto que nosso cérebro ainda é pré-histórico e teme épocas de escassez. 
Os antepassados que comiam de tudo e bem rápido, economizando energia ao mover-se apenas quando necessário, tinham mais chances de passar adiante os genes.
Portanto, na hora de emagrecer, mais força de vontade e melhor disciplina não são suficientes. Num mar de alimentos "pornográficos" - hiper palatáveis e de baixa densidade nutricional (que não matam a fome), precisamos de abordagem diferente se quisermos resultado diferente.
Esses mesmos genes que ajudaram nossos antepassados em época de escassez, tornaram-se uma armadilha hoje. A gula passou de ferramenta evolutiva a literalmente um pecado capital.
Podemos regular nosso apetite, apreciando refeições mais simples, com ingredientes e temperos 100% naturais, frescos e orgânicos (sem "tranqueiras").
Testar (com glicosímetro) carboidratos que melhor se encaixem em cada individualidade e aderir (se for o caso) à dieta cetogênica, são ferramentas importantes de nutrição personalizada. Basta medir a glicose uma hora após o término da ingesta do carboidrato a ser testado em jejum (ex. - batata / leite puro).
Depois de descobrir como só você está programado para comer, como só seu corpo responde a certos alimentos, redefinindo seu metabolismo individual, poderá iniciar mudanças duradouras.
Afastando-se dos alimentos ultra processados pela indústria e conhecendo sua bioquímica, pode-se otimizar o corpo para finalmente encontrar os alimentos que lhe são adequados, que trabalhem a seu favor, a fim de alcançar a saúde ideal.
Fazendo uso moderado de confortos modernos como elevadores, poltronas macias, faxineiras, automóveis, podemos nos mover de forma suficiente e com naturalidade.
A gestão do sono, saúde intestinal, estresse,  práticas prazerosas de exercício e socialização, podem auxiliar em nossos objetivos de saúde e magreza.

3.5.17

Alimentos não transformados - "descasque mais e desembrulhe menos".


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A comida de verdade, sem rótulo ou rótulos com mínimos ingredientes, é simples: aquilo que se vende na feira, no açougue, nas gôndolas de alimentos apenas empacotados (sendo secos e limpos) e com baixo grau de processamento industrial.
Amendoim e oleaginosas in natura, azeitonas e palmito (minimamente processados), batata-doce cozida, (assada desidrata e potencializa o açúcar), abacate e coco seco, queijo, pele suína frita na própria gordura e sem aditivos, são ótimos lanches para substituir um jantar. 
No açougue do mercado, evita-se produtos cárneos embutidos, usando-os apenas como especiarias / temperinhos. Qualquer tipo de carne natural e vísceras / órgãos (são de maior densidade nutricional) é recomendado, assim como os ovos. Para temperar, especiarias e ervas secas embaladas uma a uma ou frescas.
Na feirinha, os vegetais amiláceos (tubérculos e frutas muito doces) são restritos / moderados apenas para diabéticos e pessoas em processo inicial de emagrecimento. É ali que se encontra a base da alimentação de filosofia ancestral.
A banha de porco e outras gorduras animais naturais são usadas para preparação culinária, excluindo-se óleos refinados e "gordura" hidrogenada. Margarina troca-se por manteiga. Derivados do leite integral cru, como o queijo minas curado, são incentivados. 
O açúcar nas suas diversas máscaras e produtos com farinha de trigo são os mais restritos. De acordo com a necessidade individual há algum grau de tolerância (sempre muito baixo). Milho e arroz, que são transgênicos também são afastados, pois induzem doenças autoimunes. A batata comum deve ser trocada por tubérculos mais fibrosos (abóbora madura, baroa, mandioca in natura, cará, inhame, pinhão, etc).
Carne / ovos com muita salada e legumes cozidos gratinados ao queijo ou uma sopa de vegetais sortidos com carne (nutricionalmente densa), tendo fruta inteira de sobremesa, são ótimas refeições para ingerir até a saciedade. Não há necessidade de lanches intermediários, o que as torna de baixo custo.
Cubinhos de queijo derretendo sobre a cumbuca de sopa fumegante é o primor! Meu prato favorito...
A remissão da síndrome metabólica é o principal ganho desta alimentação saudável, deliciosa e saciante. Com acompanhamento médico (e nunca sem ele), pode haver o progressivo desmame da insulina injetável, desde que a adesão seja eterna (com o mínimo de deslizes), visto que diabetes II é praticamente uma alergia a carboidratos.
Além do mais, essa alimentação reduz a proporção de partículas pequenas/densas (aterogênicas) de LDL, aumentando as LDL grandes e flutuantes, melhorando assim todo o perfil lipídico.
Texto de apoio aqui.     Imagens Net.